João Barone
Da Glória ao Esquecimento...

27 de maio de 2011

Festa no lançamento e noite de autógrafos do livro de Derek


O Palácio das Águias esteve em festa, na noite de sexta-feira, 15 de Abril, com o lançamento do livro “Da Glória ao Esquecimento: os socorrenses na Segunda Guerra Mundial – resgatando a memória da cidade”, escrito pelo historiador Derek Destito Vertino.
Com a presença de dezenas de amigos, dos pais Clara e Cido, e parentes dos pracinhas socorrenses, a noite de autógrafos teve início com as palavras do autor, que fez uma rápida explicação dos motivos que o levaram a escrever o livro.

O primeiro objetivo de sua pesquisa histórica, foi o de levantar um monumento aos heróis socorrenses, a exemplo do que existe em outras cidades da região. Esbarrou com uma série de dificuldades, entre elas a falta de dados, fotos e documentos da época, as quais perderam-se com a grande enchente de 1970. Da memória dos pracinhas, seus descendentes também não tinham muito a contar. Os jornais locais devem ter falado dessa epopéia dos socorrenses, também rodaram com as águas da enchente.
“Como o monumento era uma incerteza, a curto prazo, há dois anos comecei a pesquisa sobre a participação do Brasil na II Guerra Mundial e, em especial, da participação dos socorrenses, para escrever o livro que resgata um pouquinho da História”, disse Derek que, agora, aguarda o cumprimento do compromisso da prefeita Marisa, em levantar o Monumento aos Pracinhas, conforme o acordo feito com ele e descendentes dos soldados.

No vídeo que passou, em seguida, feito por alunos da Universidade Anhembi Morumbi, com depoimento de expedicionários que participaram a guerra, ficou bem clara a vontade da ditadura Vargas em colocar esse episódio no esquecimento. Depois da tomada de pontos estratégicos na Itália, com a rendição de soldados inimigos, a FEB – Força Expedicionária Brasileira, foi destituída e seus soldados dispensados, antes mesmo de voltarem ao Brasil.

E mesmo recebidos com festas, em seus municípios, não receberam nenhuma ajuda governamental durante anos. Nossos pracinhas foram esquecidos, pois a ditadura de Getúlio Vargas, não interessava ressaltar feitos heróicos realizados em nome da democracia.

Após a apresentação do vídeo, as viúvas dos veteranos receberam botões de rosas. A filha de Thomas Marcelino Borim, Neusenice, ficou muito emocionada ao agradecer, em nome dos demais parentes, pelo trabalho desenvolvido por Derek, em seu livro:
“Meu pai sempre dizia não entender o porquê desse esquecimento por parte das autoridades, de um feito tão importante de nossa História. Ele sempre participava de eventos em outras cidades, feitos em homenagens aos pracinhas. Para nós, esse é um momento muito importante e tenho certeza que meu pai está feliz, com esse resgate da história. Muito Obrigada!”, disse ela.

Em seguida foi servido um coquetel aos convidados, enquanto Derek autografava os livros, para os amigos que formaram uma longa fila para adquirir um exemplar. O autor agradece a fotos os que compareceram ao evento e aos patrocinadores do livro.

E com a internet, o livro chegou aos Estados do Paraná, Rio de Janeiro, interior de São Paulo, Brasília, Rio Grande do Norte, Alagoas, Belém do Pará e em outros países, também na comunidade brasileira em Angola e Alemanha.

Quem não compareceu e quer conhecer um pouco dessa parte da II Guerra Mundial, da participação da FEB e dos pracinhas socorrenses, o livro está sendo vendido por R$17 no Mercado Livre: http://produto.mercadolivre.com.br/MLB-179747016-da-gloria-ao-esquecimento-os-socorrenses-na-segunda-guerra-_JM ou por outros contatos: derekdvertino@gmail.com / derekdvertino@hotmail.com / (19) 8126 9182 e (19) 8170 9858.
Colaboradores: Derek Destito Vertino e Maria Tereza Ferraz
Fotos: Maria Tereza Ferraz do Carmo e Isabela Fernandes Rosa

O Portal Segunda Guerra parabeniza a atitude do historiador Derek Vertino, por sua iniciativa em resgatar a história de pessoas tão importantes como os Ex-Combatentes da FEB. E agradecemos o espaço e a citação que o autor fez em seu livro sobre o Portal Se Gunda Guerra.


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22 de maio de 2011

Entrevista com João Barone, entusiasta da Segunda Guerra Mundial e baterista dos Paralamas


João Barone é o baterista de uma das bandas de mais sucesso no Brasil, essa que junto com Legião Urbana, Titãs e Barão Vermelho, forma a base do rock nacional, Os Paralamas Do Sucesso. Também atua como entusiasta da Segunda Guerra Mundial, usa sua paixão por veículos militares antigos para promover uma ideia já esquecida e tão importante quanto o valor e os ensinamentos que a guerra trouxe. Veja a entrevista abaixo:


PSG: Sr. João Barone, você é um entusiasta da Segunda Guerra Mundial, assim como da FEB, gostaria de saber, o que o motiva, e qual a importância, na sua visão, possui resgatar e guardar a história que envolve todo esse conflito?

JB: Tive um reencontro com o tema depois que me dediquei a restaurar um jeep Willys MB da Segunda Guerra, ocasião em que fundamos um clube de entusiastas de viaturas militares antigas no Rio, o CVMARJ. Comecei a me interessar com mais motivação pelo tema, pois meu pai dirigia um jeep como esse quando era soldado no Regimento Sampaio, em ação na Itália com a FEB. Nos eventos em que nosso clube participava, sempre dávamos especial atenção aos ex-combatentes, nos desfiles e eventos. Sempre me deparei com a falta de valorização dos da história do Brasil na Segunda Guerra, não apenas do esquecimento dos ex-combatentes, mas tudo que significou o Brasil enviar seus soldados para uma guerra em plena Europa, enquanto nos éramos um país de 4º mundo, tudo que isso significou. Conhecer a história da FEB ajuda a entender os paradoxos do Brasil de hoje.

PSG: Um dos trabalhos que realizou foi o documentário pela History Channel, “Um Brasileiro No Dia D”, gostaria que nos contasse como foi à experiência de refazer os passos de uma batalha tão importante como a do Dia D. E o que o motivou a isso.

JB: Está tudo bem explicado no documentário e depois no livro que escrevi: A minha Segunda Guerra. Foi um verdadeiro sonho visitar aqueles lugares na Normandia onde ocorreu o Dia D. Foi emocionante ver como os ex-combatentes são LEMBRADOS e RESPEITADOS por todos, isso foi um dos pontos altos da narrativa.

PSG: Assim como o documentário citado antes, um dos motivos de ter escrito o livro “A Minha Segunda Guerra” foi a de que seu pai participou do conflito, como muitos sabem, integrando a Força Expedicionária Brasileira. No livro, você registrou muitos aspectos curiosos da guerra, do documentário que apresentou, bem como de seu pai. Em relação a você, como foi registrar esses fatos? E que repercussão você acha que eles tiveram e ainda tem sobre as pessoas?

JB: Eu fico aliviado em saber que existem pessoas que sabem, reconhecem e respeitam a participação do Brasil na guerra, mas a grande maioria desconhece tudo que diz respeito a isso. Nossa missão é não deixar que o
sacrifício dos que morreram nos torpedeamentos dos navios brasileiros e nos campos de batalha e nos céus da Itália seja esquecido. Lembrar por que lutaram e por que morreram, deixar esta lição para as gerações atuias e futuras. O brasileiro teve coragem e fibra na luta, não somos um bando de fanfarreiros, como muitos querem nos transformar.

PSG: Você é um colecionador de viaturas militares antigas, e faz parte da Associação Brasileira de Preservadores de Viaturas Militares, em sua opinião, qual importância exerce expor para as pessoas algo realmente impactante da Segunda Guerra Mundial, ou seja, as pessoas ouvem muito falar do conflito, de estórias sobre a mesma, mas mostrar de perto instrumentos, réplicas ou verdadeiros, da guerra para as pessoas é algo diferente, qual a influência que isso causa?

JB: Isso passa por certas tecnicidades, coisas que nem todo mundo tem disposição. Eu acho legal saber os nomes dos aviões e tanques, mas tem horas que isso se torna massante. Saber sobre a Segunda Guerra vai mais além do que passear de jeep domingo de manhã, mas eu reconheço que isso leva a outras coisas mais importantes, como o resgate histórico, valores cívicos, essas coisas que chamam de cultura.
PSG: Sr. Barone, por favor, deixe suas considerações finais. Obrigado pela entrevista e ainda mais sucesso!
JB: A Segunda Guerra é um assunto amplo, que desperta muitos sentimentos, mas acima de tudo, o horror à monstruosidade humana. Na tentativa de dar um bsentido a tudo que aconteceu naqueles tempos conturbados, acredito que a maioria das pessoas que se deixa levar pelo tema reconhece como a guerra foi capaz de despertar o melhor e o pior da natureza humana. Esse é seu grande legado: jamais esquecer.



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6 de maio de 2011

Procurador-geral de Justiça será homenageado por Veteranos da FEB com medalha do mérito


Enviado por Rigoberto Júnior - Secretário Ad-hoc ANVFEB PE

O Procurador-geral de Justiça, Aguinaldo Fenelon, recebeu na manhã desta Segunda-feira (2), em seu gabinete, a visita de dois heróis da II Guerra Mundial: Archias Alves de Almeida Júnior e Rigoberto de Souza – respectivamente, Presidente e Vice-presidente da Associação dos Veteranos da Força Expedicionária Brasileira (FEB) – Regional PE. Durante o encontro, os dois Veteranos comunicaram oficialmente a Fenelon a homenagem que lhe será prestada com a outorga da Medalha do Mérito Pracinha Antônio Vieira.
 
A entrega da condecoração será feita durante formatura militar alusiva ao Dia da Vitória, às 9h30 da próxima sexta-feira (6), no Comando da 7ª Região Militar (Avenida Visconde de São Leopoldo, 198 – Engenho do Meio). O ato solene será conduzido pelo Comandante Militar do Nordeste, General de Exército Odilson Sampaio Benzi.

De acordo com o Presidente da Associação dos Veteranos da FEB, a homenagem é prestada às personalidades pernambucanas que têm relevantes serviços prestados à memória da Força Expedicionária Brasileira. “Sempre nos seus discursos, o procurador-geral de Justiça tem feito referências elogiosas à bravura dos nossos Pracinhas nos campos de batalha da Europa, durante a II Guerra Mundial, sem falar que o pai dele, Henrique Fenelon, foi também veteranos da FEB”, explicou o Major Archias.
 
“O Brasil precisa saber tratar melhor os nossos verdadeiros heróis, aqueles que arriscaram suas vidas e derramaram seu sangue nos campos de batalha, em defesa de um mundo livre”, argumentou Fenelon. O Procurador-geral ainda frisou que seu pai alistou-se como voluntário na FEB, lutou na batalha de Montese, na Itália, e voltou ao Brasil como Herói de guerra. “Como filho de um Veterano da FEB, estou agora numa batalha em defesa da cidadania”, finalizou.



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Conselho Estadual de educação de Santa Catarina aprova inclusão de temas vinculados a FEB em materiais didáticos


Enviado por Andréia Lopes - "FEB - Museu da Paz" - Jaraguá do Sul


No dia 19 de abril, em Florianópolis, conseguiu-se a aprovação por unanimidade do Conselho Estadual de Educação para a inclusão nos currículos escolares e livros didáticos estudos e temas vinculados à participação do Brasil na 2ª Guerra Mundial através da Força Expedicionária Brasileira, atendendo a uma das propostas da Carta de Jaraguá, documento produzido durante o 22º Encontro Nacional de Veteranos da FEB, em novembro do ano passado, em Jaraguá do Sul.
Este Conselho irá sugerir aos outros estados brasileiros para que, assim como Santa Catarina, também incluam os estudos sobre a FEB nos currículos escolares.


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