João Barone
Da Glória ao Esquecimento...

28 de novembro de 2012

Lançamento do livro "Soldados Que Vieram de Longe" em Petrópolis e Fortaleza.


Enviado pelo Projeto Cultura.

O livro "Soldados Que vieram de Longe" relata a história dos 42 militares brasileiros, de origem judaica, que participaram da Segunda Guerra Mundial ao lado da Força Expedicionária Brasileira (FEB).

O lançamento da obra ocorrido na cidade de Petrópolis, no Rio de Janeiro, contou com a presença da assessora de Deputado Federal Hugo Leak, do Professor Taulois, assessor do reitor da UCP, dos professores e alunos da Yeshivá (Colégio Israelita) e seu diretor o Rabino Binjamini, marcou presença também o Rabino Ziv Balaban, Presidente da Sinagoga Carlos Watkins, diretores das sinagogas Cel. Ivo Albuquerque e Sra., membros do Instituto Histórico, Tenente Lourenço representando o Comandante do Batalhão do Imperador, entre tantos integrantes dos setores acadêmico, histórico e da comunidade israelita.

Em Fortaleza o lançamento ocorreu na Livraria Cultura, sob os auspicios da SIC - Sociedade Israelita do Ceará, presidida pelo Dr Marcus Strozberg. Presentes o Comandante Cleber Ribeiro da Silva, do 3º Distrito Naval, o Juiz de Direito Dr Bezerril Queiroz,  o Presidente da Sociedade de Amigos da Marinha, Dr Silvio Jorge, o Comandante da Marinha Mercante Francisco Gondar, membros da SIC, professores, historiadores e diretores da SIC.

O Tenente da reserva da Marinha e ex-combatente Melchisedec Affonso de Carvalho, um dos biografados no livro, e que completava 
84 anos, discorreu sobre A GUERRA QUE EU VI, relatando sua experiência nos comboios em mares sujeitos aos ataques submarinos da Alemanha nazista.






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23 de janeiro de 2012

90 Anos do Cel Amerino Raposo Filho - Seu Grupo disparou o Último Tiro da Artilharia Brasileira na Italia, em 29/04/1945


20 de janeiro de 2012 - uma data festiva para os Veteranos da FEB. No Rio de Janeiro o Cel Amerino comemora seus 90 anos cercado das manifestações de carinho da família e de tantos companheiros, mesmo os distantes reunidos numa corrente invisível para saudá-lo com votos de muita saúde e realizações, ele que continua lutando pela causa FEBiana, como vemos nas fotos recentes na Casa da FEB, onde realizou em dezembro de 2011 magnífica e informativa palestra entretendo os presentes por duas horas, descrevendo suas vivencias com riqueza de detalhes somente possível por quem viveu aquela época, como a recepção aos brasileiros ao longo da entrada de Bombiana, já ao final da guerra, saudados como os Liberatori.

O então Ten Amerino foi o comandante da Linha de Fogo da 2a. Bateria do III GO 105, do Cap Walmicki Ericksen, que cumpriu a derradeira missão de combate da Artilharia Divisionaria da FEB, disparando o último tiro na Italia, em apoio de fogo na região de Collechio/Fornovo ao cerco e rendição da 148ª. Divisão de Infantaria alemã e da Divisão Bersaglieri italiana, evento este até hoje comemorado no atual aquartelamento do Grupo Bandeirante de Barueri-SP a cada 29 de abril.
Atual VP do CEBRES o Cel Amerino, da Turma de 1943 da Escola Militar do Realengo, foi voluntário para a FEB, possuindo 16 condecoracoes, inclusive a Cruz de Combate, e na FEB tirou o curso de Esquiador e Alpinista junto a Mountain School - 10th Mountain Division/Vth USA Army.
Parabéns, Cel AMERINO, seus companheiros, amigos e admiradores da Casa da FEB saúdam efusivamente o Bravo Artilheiro da FEB, que nos campos da Itália honrou as gloriosas tradições de Caxias e Mallett.


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21 de janeiro de 2012

Entrevista com o Tenente Israel Blajberg, entusiasta da FEB


Nascido no Rio de Janeiro aos 31/maio/1945, brasileiro nato de primeira geração flho de imigrantes poloneses.

Professor da Escola de Engenharia da Universidade Federal Fluminense desde 1972. Engenheiro do BNDES (1975-2011). Formado em 1968 pela ENE-UB.
Coordenador do Ciclo de Encontros FEBianos 2011, Editor do NOTICIÁRIO ANVFEB, 2º. Diretor-Social da SOAMAR-RIO, Diretor Técnico-Cultural da Associação dos Antigos Alunos da Politécnica, Diretor de Relações Públicas da Associação Nacional dos Veteranos da FEB. Presidente da AHIMTB/RIO, Diretor de Comunicação Social do IGHMB, Diretor de Cidadania da FIERJ.
Ex-aluno do CPOR/RJ, Turma Marechal Rondon, Artilharia 1965. Diretor da Associação de Ex-Alunos. Cursou a ESG em 2004 – CAEPE e 2007 – CLMN. Membro da ADESG e OVART.
Escreveu o livro Soldados que Vieram de Longe e artigos publicados em revistas e sítios militares, como DEFESA NACIONAL, VERDE-OLIVA, O Anfíbio, O ADESGUIANO, BNDES –Revista dos Clubes Militar, de Aeronáutica e Naval. Palestrante na Casa do Saber, Clube Militar, Clube Monte Sinai, e diversos seminários e congressos.
Condecorações: Ministério da Defesa, Medalha da Vitória - Marinha, Medalha de Amigo da Marinha - Exército, Medalha do Pacificador - Aeronáutica, Ordem do Mérito Aeronáutico, Cavaleiro, e outras das Associações de Ex-Combatentes Nacionais e de Nações Amigas e da PMERJ. Amigo da AD/1 e do MMCL.

PSG- Tenente Israel Blajberg, o senhor poderia expor sua opinião sobre o esquecimento da Força Expedicionária Brasileira pela grande maioria?


IB- Parece incrível que há quase 70 anos, multidões pararam o centro do Rio para aclamar nossos pracinhas que voltavam da Guerra, quando hoje o assunto ficou restrito a uma minoria de estudiosos e interessados, enquanto outros temas ocupam as atenções do público.

Talvez algum antropólogo ou sociólogo pudesse examinar melhor o assunto, mas enquanto isso nao acontece, e já que fui consultado, penso que tal se deve ao temperamento lúdico do brasileiro, em geral interessado em música, novelas, enfim, distante de guerras, serviço militar, e mesmo da política, haja vista o que vemos diariamente nos jornais acerca dos políticos por nós eleitos. Entretanto, tal tedencia não parece ser exclusiva nossa, eis que em diversos outros paises nota-se que as comemorações da 2ª Guerra Mundial já não chamam tanto a atenção como no passado. Uma das causas possivelmente seria o decrescimo natural do número de veteranos ainda vivos.

Outra causa do paulatino esquecimento e que o Brasil nunca mais partcipou de guerras, salvo raros casos pontuais de pequena monta, apenas de Operações de Paz. Assim, não existe a renovação que ocorre nas associções de veteranos, em paises que vão emendando uma guerra na outra através dos tempos, como EUA, França, Inglaterra e outros. Embora existam aqui outras associações de veteranos, como as do chamado pessoal da praia, do Batalhão Suez, de São Domingo, dos Fuzileiros, elas não se comunicam entre si, e o pior, em alguns casos ainda competem, o que em nada ajuda a causa.


No Brasil, a memória dos feitos militares vai ficando cada vez mais rarefeita, com o assunto pouco ventilado nas escolas de todos os níveis. Uma exceção seriam os museus, onde observamos alguma expansão no tocante a FEB, como os militares por todo o país, e alguns ligados a associações de veteranos.


PSG
- O que o senhor acredita que vá acontecer no futuro com a memória dos veteranos da FEB?
IB- A memória dos Veteranos da FEB vai depender dos filhos, netos e bisnetos dos expedicionários, e demais voluntários interessados, pois o poder público já demonstrou que pouco pode ajudar.
A tendência até agora foi de caminhar assintoticamente para uma estabilização em nível mínimo, com base nas notícias que temos das Regionais, no passapo quase 50 e hoje reduzidas a no máximo 15 e quase todas com pequeno quadro de sócios. A FEB era um microcosmo de quase todos os estados brasileiro, dai a pulverização das regionais. Na Argentina até há pouicos anos ainda existia uma asociação dos descendentes da Guerra da Tríplice Aliança.

PSG- Hoje em dia, as novas tecnologias permitem que muitas informações possam ser compartilhadas entre incontáveis pessoas, o senhor acha que isso pode ser usado para divulgar e difundir a Força Expedicionária Brasileira?
IB- Certamente, a Internet, os museus volantes, as palestras multimidias podem levar a história até as escolas, clubes, enfim, a informação pode ser completamente descentralizada. Isto é o que está previsto para execução p. ex. na Casa da FEB no Rio, onde a empresa Tecnolach ofereceu toda a reforma e modernização das instalações até então extremamene envelhecidas e obsoletas. Os Encontros FEBianos que iniciamos em 2011 deverão ser condensados em anais, para ampla distribuição por todos os canais de divulgação, aumentando assim a visibilidade da história FEBiana.

PSG- Tenente, gostaria que deixasse suas considerações finais, obrigado.
IR- O ano de 2012 é muito importante para todos que cultuam a memória dos feitos heróicos das armas brasileiras na Segunda Guerra Mundial, pois marcará os 70 anos de eventos históricos relevantes para o povo brasileiro, iniciando-se com a Conferencia Pan-Americana de janeiro de 1942, com o Chanceler Oswaldo Aranha representando o Brasil, em 15 jan 1942 no Rio de Janeiro, baixando resolução unânime de que as Repúblicas Americanas romperiam relações com as potências do Eixo, o que foi feito pelo Brasil em 28 jan 1942. Em represália, a Alemanha nazista inicia uma violenta campanha anti-submarina contra a navegação marítima nacional, com o torpedeamento do BUARQUE, o primeiro de mais de 30 navios mercantes a serem afundados, com a perda de 1 milhar de vidas brasileiras.

Em 22 ago 1942– Face ao clamor popular diante da brutal agressão nazista, com o torpedeamento de 7 navios (Baependy, Araraquara, Annibal Benévolo, Itagiba, Arará, Jacira e um pesqueiro), com perda de mais de 600 vidas em apenas 4 dias, o Brasil após reunião do Ministério reconhece o estado de beligerância com a Alemanha e Itália, e em 31 ago 1942 - Através do Decreto Lei 10.358, o governo declara o estado de guerra com a Alemanha e Itália, para todo o Brasil.

Nos anos seguintes o Brasil participou ativamente do conflito, como uma das 19 Nações Aliadas, permitindo o uso de suas bases para o esforço de guerra, enviando suprimentos estratégicos, defendendo o Litoral com forças de Terra, Mar e Ar, e formando a FEB – Força Expedicionária Brasileira, com 25 mil soldados, e o 1º. Grupo de Aviação de Caça (Senta-a-Pua), com 500 homens, que atuaram na Itália até o final da guerra em 8 de maio de 1945, sofrendo a perda de 465 soldados  que tombaram em ação, e cujos restos mortais encontram-se no MNMSGM, onde será instalada a obra objeto desta homenagem.

Assim sendo, faço aqui um chamamento a todos os descendentes dos Veteranos da 2ª. Guerra Mundial, para que empunhem a bandeira deixada pelos seus antepassados, a fim de mantê-la sempre elevada, recordando uma das páginas mais gloriosas da Historia do Brasil, um pais ainda rural na década de 40 e que soube responder a traiçoeira agressão de uma das mais cruiéis e poderosas máquinas de guerra jamais vista, dando uma rsposta a altura no nosso litoral e nos campos de batalha da Italia. Uma operação que ainda hoje seria dificílima de executar, haja vista os deslocamentos das nossas Forças de Paz para o Haiti, por exemplo, e que na época fomos capazes de realizar com grande sucesso, levando 25 mil expedionarios para lutar na neve com modernos equipamentos ainda não conhecidos, obtendo o reconhecimento dos Aliados. Uma história da qual podemos e devemos nos orgulhar.

Prof Israel Blajberg
Diretor de RP – Casa da FEB – Rio



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20 de janeiro de 2012

Soldado Luiz Stoeberl Filho


Nome: Luiz Stoeberl Filho
Contingente: Força Expedicionária Brasileira
Id.: 2G-128123
Classe: 1921
Regimento: 11º Regimento de Infantaria
Escalão: 2º Escalão
Cidade Natal: Rio Negro
Estado: Paraná
País: Brasil

O soldado Stoeberl faleceu no dia 18 de abril de 1945 quando junto da 9ª Companhia, atacava a cidade de Montese. Citado pelo decreto de sua condecoração como tendo agido com grande heroísmo. O soldado tombou na Itália quando com sua arma automática trocava disparos com duas posições inimigas, num bombardeio de atilharia foi ferido gravemente, e mesmo depois de caído ajudou sua tropa a capturar um comandante de batalhão. Luiz Stoeberl Filho foi agraciado com as medalhas: Medalha de Campanha, Sangue do Brasil, Cruz de Combate de 2ª Classe e Cruz de Combate de 1ª Classe.


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19 de janeiro de 2012

Diga Não Ao SOPA!


O que é o SOPA?
O SOPA (Stop Online Piracy Act) é um projeto de lei atualmente em discussão no Congresso dos Estados Unidos. Criado pelo deputado republicano Lamar Smith, o projeto prevê medidas mais duras para evitar o acesso de internautas daquele país a conteúdo pirata na internet.
O projeto foi criado em outubro de 2011, mas começou a ser discutido em dezembro do ano passado. Ele entrará novamente em debate no Congresso dos Estados Unidos em fevereiro.

Quais os principais alvos do SOPA?
O SOPA pretende impedir o acesso de americanos a sites de compartilhamento ilegal de vídeos e músicas, além de sites que vendem produtos falsificados, como remédios, calçados e roupas. Sites que comercializam armas e drogas também estão na mira da nova lei.
Em sua maioria, estes sites são hospedados em países com fraca vigilância sobre pirataria de conteúdo, muitos deles no leste europeu. Como estão fora dos Estados Unidos, na prática esses sites ficam imunes a possíveis processos movidos na Justiça daquele país.
Segundo o deputado Lamar Smith, um dos objetivos da lei é evitar o desemprego de milhares de americanos, já que muitas empresas têm seus negócios prejudicados pela pirataria.

Quais as medidas previstas no SOPA?
Em vez de tentar retirar os sites do ar, o SOPA quer que os provedores americanos bloqueiem o acesso de seus clientes a sites considerados impróprios. Os sites continuariam no ar, mas seria impossível acessá-los a partir dos Estados Unidos.
Além disso, o SOPA prevê que empresas americanas cortem qualquer tipo de vínculo com sites considerados impróprios. O PayPal, por exemplo, seria proibido de repassar pagamentos a um site bloqueado. Twitter e Facebook teriam que fechar contas relacionadas aos sites. Redes de publicidade teriam que eliminar seus banners. O Google teria que remover sites bloqueados de suas buscas.
Dessa forma, além de impedir acesso a sites considerados impróprios, o SOPA cortaria suas fontes de renda. O SOPA também proibiria o uso de ferramentas e programas destinados a "furar" o bloqueio.
A ordem para bloquear sites seria obtida a partir de um pedido do Procurador Geral dos Estados Unidos. O pedido teria que ser aprovado por um juiz para que a ordem entrasse em vigor.

Quem é a favor do SOPA?
Entidades como a MPAA, que representa os grandes estúdios de Hollywood, e RIAA, que reúne grandes gravadoras, são a favor do SOPA. Esse grupo também inclui empresas de roupas e calçados, como Nike e Adidas, editoras de livros (Penguin, McGraw-Hill, Pearson) e a indústria do tabaco (Philip Morris) Essas entidades argumentam que medidas mais drásticas são necessárias para combater a pirataria nos Estados Unidos, já que muitos sites com conteúdo ilegal atualmente estão fora do alcance da lei, por estarem hospedados em outros países.

Quem é contra o SOPA?
Empresas de tecnologia e internet, como Microsoft, Twitter, Google, Yahoo!, AOL e Facebook, são contra o SOPA. De modo geral, essas empresas afirmam que o SOPA criaria uma censura na internet, ao classificar determinados sites como próprios ou impróprios para os internautas. Esse tipo de legislação, segundo essas empresas, poderia ainda prejudicar a inovação e a colaboração em novos projetos e iniciativas, uma das maiores virtudes da internet.
Além disso, essas empresas argumentam que, em muitos casos, é difícil determinar se um tipo de conteúdo é ilegal ou não. Um exemplo disso seria um vídeo amador montado a partir de curtos fragmentos de filmes. Assim, segundo os opositores da lei, seria muito fácil bloquear injustamente um site.
Na semana passada, a Casa Branca também emitiu um comunicado dizendo que não aprova a SOPA em sua atual versão.

O SOPA vale fora dos Estados Unidos?
Não, mas a nova lei pode ter consequências globais. Além de perder os visitantes dos Estados Unidos, os sites perderiam suas fontes de receita provenientes de serviços americanos (PayPal, redes de publicidade). Com isso, alguns sites poderiam ser obrigados a fechar devido a falta de recursos.

O que é o PIPA?
O PIPA (Protect Intellectual Property Act) é um projeto de lei conceitualmente parecido com o SOPA, também em discussão nos Estados Unidos. Ele é mais focado na distribuição de conteúdo digital e menos focado na venda de produtos físicos piratas. O PIPA também prevê que provedores dos Estados Unidos devem bloquear a sites considerados impróprios e que empresas americanas devem cortar qualque tipo de vínculo com esses sites.