João Barone
Da Glória ao Esquecimento...

19 de dezembro de 2009

As anexações de Hitler - Parte 1


No ano de 1938 aconteceu algo até então proibido pelo Tratado de Versalhes, a Alemanha, governada por Hitler, se une com a Áustria, governada por Seyss-Inquart. A Itália tinha o trabalho de proteger e resguardar o país austríaco por qualquer ameaça ou semelhante por parte dos alemães. Após o assassinato de Dolfuss em 1934 por bandidos de extrema-direita, causando suspeitas de um possível envolvimento com o governo alemão, a Áustria chegou a correr o risco de talvez ser invadida pela Alemanha, por esse motivo, Mussolini, governante italiano, reúne tropas na região do Brenner, o que daria mais segurança para o país reestabelecer seu governo.
No ano de 1936, com a aproximação entre a Alemanha e a Itália, Mussolini da ordens para que o apoio até então concedido aos austríacos seria retirado, e ficou dito a Schuschnigg, chanceler austríaco, que o apoio contra ofensivas militares contra a Áustria estavam definitivamente retiradas.

A visão de muitos dos austríacos, era de que a Áustria fazia parte da Alemanha, pois assim já havia sido, e era exatamente essa a visão de Hitler, por isso achou que estava na hora de intimidar o chanceler austríaco. No dia da apresentação de Schuschnigg, em 1938, Hitler apresentou uma lista com várias exigências, mas a principal delas era de que o governo austríaco nomeasse um homem chamado Seyss-Inquart para Ministro do Interior. Esse homem nessa posição teria o controle da polícia austríaca, Seyss-Inquart era nazista. Schuschnigg não aceitou as exigências de forma bem esclarecedora. Porém, quis agir de outra forma para que entrasse em confronto direto com o governo alemão, ele se comprometeu a realizar um plebiscito, perguntando ao povo se eles desejavam sim ou não uma união entre os dois países. Hitler não queria correr o risco de perder no plebiscito e disperdiçar uma situação oportuna. por esse motivo exigiu que o plebiscito de forma alguma acontecer e que o chanceler da Áustria deveria de renunciar. Para que Schuschnigg fizesse o que exigido, o ditador alemão ameaçou o país de invasão e de transformar o lugar numa espécie de Guernica, uma cidade arrasada por bombardeios alemães durante Guerra Civil Espanhola, não podendo correr esse risco, Schuschnigg renunciou, e Seyss-Inquart acabou de tornando o único integrante do governo, logo depois convidou as tropas alemãs a ocupar Veneza, capital da Áustria.

Schuschnigg não poderia assumir esse risco e renunciou - junto com seu gabinete. O único membro do seu gabinete para não demitir foi Seyss-Inquart. Como o único membro do governo austríaco, convidou as tropas alemãs na Áustria, em março de 1938. Em março 1938 15, Hitler chegou a Viena em triunfo. O prazer das multidões era difícil de disfarçar. Diz-se que até mesmo Adolf Hitler ficou surpreso com o tamanho da multidão e pela torcida. Áustria tornou-se parte do Grande Reich Alemão; Schuschnigg foi preso e quase imediatamente os judeus austríacos perderam seus direitos.

O que é que as potências da Europa fazer? Mussolini, como esperado, não fez nada. Grã-Bretanha e França protestou verbalmente ao governo alemão, mas nada mais - assim como Hitler tinha previsto.
As reações da Itália não ultrapassaram o esperado, nada foi feito, os países da França e da Inglaterra, fizeram protestos verbais em discursos mas nada mais.


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