Cônsul ajudou mais de 25 judeus a fugirem dos nazistas
Autoridades da chancelaria de El Salvador estão tentando resgatar a memória do diplomata José Arturo Castellanos como forma de prestar uma homenagem ao "Schindler" salvadorenho, que ajudou a salvar a vida de mais de 25 mil judeus do Leste europeu da deportação e do extermínio nos campos de concentração nazistas.
A recuperação da obscura história do coronel destacado como cônsul-geral do país latino-americano em Genebra, entre 1942 e 1945, está sendo feita por uma comissão oficial nomeada pela chancelaria salvadorenha. O órgão busca o reconhecimento de Castellanos, que morreu pobre em 1977, e sua inclusão no Museu Yad Vashem, em Jerusalém, que presta homenagem a personalidades não-judias que ajudaram cidadão a escapar do Holocausto na Segunda Guerra.
Tudo começou com a amizade de Castellanos com o judeu romeno George Mandel-Mantello, refugiado que procurou sua ajuda na Suíça no início da década de 1940. Foi quando o cônsul indicou Mantello para um fictício cargo de primeiro-secretário, o que garantiu a ele um passaporte diplomático. O romeno sugeriu então que Castellanos o auxiliasse a emitir certificados de nacionalidade salvadorenha para salvar a vida de outros judeus na Europa Ocidental.
A maior parte das milhares de pessoas beneficiadas e seus familiares, procedentes de países como a Polônia, Bulgária e Romênia, tornou-se cidadã de El Salvador sem jamais ter visitado o pequeno país na América Central.
Fonte: Revista Grandes Guerras - Edição 27 - Fevereiro de 2009
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